quinta-feira, 2 de junho de 2016

O que o motorista precisa saber sobre o exame toxicológico de larga janela de detecção !


Desde 2 de março de 2016 torna-se obrigatório o exame toxicológico de larga janela de detecção, juntamente com os demais exames médicos obrigatórios, como condição para obter ou renovar a carteira de habilitação nas categorias C, D e E,  segundo a Resolução 517 do Contran ( Conselho Nacional de Trânsito ), imposta na lei dos caminhoneiros.

Segundo o Contran essa medida visa na diminuição de acidentes causados por uso de substâncias como, álcool e drogas usadas por alguns profissionais antes e durante o trabalho.

Em 2012 no Brasil, 60 mil pessoas foram vítimas de acidentes em que álcool e drogas foram o principal fator.





Os chamados exames toxicológicos de larga janela são capazes de detectar o consumo de drogas por longos períodos, usualmente de 3 a 6 meses e até mais. São realizados sempre por meio de amostras de cabelo, pelos ou unhas e hoje são frequentemente utilizados em concursos públicos para ingresso em carreiras como Policia Militar, Polícia Civil, Bombeiros, Guardas Prisionais, Guardas Municipais e pilotos de avião.

O teste só funciona após uma semana de uso, mas é capaz de detectar inclusive a intensidade do consumo: se mais intensa ou moderada. Os resultados fornecem laudo completo sobre uso de 12 diferentes drogas como crack e cocaína, anfetaminas, ecstasy, maconha, heroína e morfina. O teste só pode ser feito em laboratórios credenciados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e com custo que varia de R$ 300 a  R$500 dependendo do estado.

A resolução também diz que os motoristas que trabalham com transporte de cargas ou de passageiros precisam fazer o exame toxicológico no momento da contratação ou desligamento da empresa. Neste caso o custo é por conta do empregador.


Caso o motorista seja reprovado, ele precisa esperar mais 90 dias para fazer um novo exame.

Enquanto isso, ele vai estar com a carteira vencida e não pode dirigir. Se flagrado, vai pagar pela infração.



Contra a medida

Os Detrans de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Tocantins entraram na Justiça contra a obrigatoriedade do exame toxicológico e tiveram ganho de causa. A argumentação é de que nenhum país no mundo exige o teste como ação de saúde pública. Em outros quatro estados, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Mato Grosso do Sul, os Detrans também pediram a suspensão da medida.


OPINIÃO :

Essa medida com certeza é muito importante, para tirar de circulação essas pessoas que usam estas substâncias e assumem a direção de veículos nas rodovias.  Só acho que já pagamos muito caro, para trocar e renovar a habilitação e ainda temos de custear esse exame. Os profissionais que não fazem uso dessas substâncias, estão sendo prejudicados por essa medida, porque mal ganham para sustentar sua família e tem que tirar do próprio bolso para pagar exame. 

Esperamos que isso traga resultados significativos na diminuição de acidentes nas estradas !

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